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10 comportamentos essenciais na primeira semana de trabalho

  • Victor Costa - Escola da Prevenção
  • 29 de out. de 2015
  • 7 min de leitura

Esta é a parte 2 de uma série de 3 artigos que escrevi para a Escola da Prevenção sobre o que o profissional de SST deve fazer na sua primeira semana na empresa.


É importante que você leia a parte 1 antes de ler a parte 2.

Parte 1 – A primeira semana de trabalho do profissional de SST Parte 2 – [Você está aqui] 10 comportamentos essenciais na primeira semana de trabalho Parte 3 – Que documentos de SST você de analisar durante sua primeira semana na empresa ?


No primeiro artigo da série você aprendeu como impressionar seus novos colegas e seu gerente com uma postura realmente profissional e ética. Nesse segundo artigo você aprenderá os comportamentos do profissional de SST!


​Uma das primeiras coisas que você precisa fazer é entender em regras gerais como empresa funciona. Verifique se existe uma política de segurança do trabalho ou outras mais abrangentes como a de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde) ou de SGI (Sistema de Gestão Integrada).

Procure entender em linhas gerais os valores da empresa e como ela lida com os funcionários e clientes.


Agora você precisa se identificar em pelo menos 1 dos 3 cenários abaixo:

  • Cenário 1: a empresa tem um SESMT implantado, sendo você parte de uma equipe. Neste caso você terá outros colegas de profissão e uma supervisão no setor. Você precisa conversar com seu chefe direto para entender como funcionará a divisão de tarefas e quais serão suas responsabilidades dentro da equipe. Esta opção é boa para o recém-formado quando os outros profissionais da equipe são experientes, comprometidos com o trabalho e dispostos a partilhar seus conhecimentos.

  • Cenário 2: a empresa tem um SESMT implantado, sendo você único membro. Neste caso sua chefia vai estar vinculada a outro setor da empresa, normalmente RH ou diretamente a diretoria da empresa. Você receberá as orientações de um funcionário que não é da área e que recebeu as informações e orientações de um profissional de SST que já saiu da empresa. Dica: não cabe a você avaliar o trabalho ou desempenho do colega que não pertence mais ao quadro de funcionários. Sua meta é levantar a maior quantidade de informações possível para fazer seu diagnóstico e traçar seu plano de trabalho.

  • Cenário 3: a empresa não tem SESMT implantado e você é o primeiro. Neste caso sua chefia pode ser semelhante ao item anterior. Mas, nesse caso, não há histórico a ser passado. É provável que você terá que desenvolver tudo do zero e sua supervisão direta vai lhe prestar apenas as boas vindas.

E aí, em qual cenário você está ? 1, 2 ou 3 ?


Independente da situação que você estiver, presta atenção em um detalhe: possuir SESMT não garante a implantação de segurança e saúde. É preciso que o SESMT tenha liberdade de atuação. Para isso a liderança da empresa precisa “vestir a camisa” da prevenção e colaborar em todos os aspectos com a segurança e saúde dos trabalhadores. Sendo assim sugiro que identifique as verdadeiras intenções da empresa com a sua contratação.

Será que a intenção da empresa com a sua contratação é ter um profissional atuante, compromissado e que gere resultados significativos na gestão de segurança e saúde do trabalhador ?


Ou, ao contrário, a sua posição é apenas uma imposição legal e a empresa apenas quer cumprir o que determina a lei trabalhista. Independente de qual é o seu caso, é muito mais fácil trabalhar em empresas que valorizam a segurança do trabalho.


Tome nota: o envolvimento maior ou menor da empresa com a sua área não aumenta, nem diminui, suas responsabilidades.


Agora você já sabe em que cenário de SESMT está, bem como já sabe as reais intenções da empresa com a sua contratação.


Vamos agora detalhar os 10 comportamentos do profissional de SST que você deve demonstrar para realizar um trabalho de excelência.


Comportamento 1: No caso do último cenário, se você por acaso teve a oportunidade de passar por um estágio, precisa “cair à ficha” que deverá resolver tudo por conta própria.

Precisa fazer suas atividades de forma independente, definir uma rotina de atividades, sendo estas diárias, semanais, mensais, semestrais e anuais, definido prioridades, metas, objetivos e prazos a serem cumpridos.

Comportamento 2: O fato de você ser o “novato”, não desqualifica sua competência técnica.

Sua opinião deve ser levada em consideração. Lembre-se que para ser contrato suas habilidades e qualificações já foram avaliadas e aprovadas por um profissional da empresa.

Sendo assim sugira novos métodos e/ou processos, identifique problemas, soluções e jamais tenha receio de compartilhar suas ideias em reuniões.

Comportamento 3: O primeiro dia é o dia para tirar suas dúvidas. Anote tudo que achar necessário, e preste atenção, a tudo que te disserem. Se não entender, questione até ter certeza que não restam mais dúvidas. Caso se enquadre no primeiro cenário, converse diariamente e troque informações e experiências com seus colegas de setor. Fazendo parte dos outros dois cenários tenha contato com outros profissionais da área.

Comportamento 4: Além disso, participe de fóruns, sites, blogs, feiras e eventos que sejam sobre SST. É fundamental estar atualizado e vigilante as mudanças de legislação e ter uma boa rede de relacionamentos (contatos) ao longo de toda a sua carreira. Esse é um dos comportamentos do profissional de SST que boa parte esquece de praticar. Com o tempo é importante que esteja sempre bem embasado, pois poderão surgir perguntas que necessitam de respostas imediatas.

Comportamento 5: Busque sempre um feedback. Mas esteja “aberto” a um comentário positivo ou negativo.

Comportamento 6: Use e-mail como ferramenta de trabalho e não apoie suas ações e suas atividades, acreditando que um correio eletrônico trará a solução do problema.

Corra atrás, negocie pessoalmente, argumente, participe ativamente da solução, demonstre que seu interesse é resolver o problema e não passá-lo adiante. É fundamental que as respostas sejam em tempo hábil de acordo com a prioridade e necessidade, sempre com atenção a gramática e ortografia. Caso suas atividades requisitem pouco tempo no escritório deixe claro a todos que em caso de urgência é necessário o contato telefônico, sugiro até deixar uma mensagem programada com esta informação.

Comportamento 7: Não aponte erros e sim oportunidades de melhoria, elogie em público, mas se precisar chamar a atenção de um trabalhador faça isso no reservado.

Utilize o bom senso e delete a arrogância do seu vocabulário, ninguém gosta de ser criticado o tempo todo. Cuidado na colocação das palavras e deixe claro que você precisa fazer o seu trabalho. De preferência por usar a primeira pessoa do plural, se inserindo sempre como problema e solução, por exemplo:

“O que nós podemos fazer para que isso não ocorra novamente?”

“Como nós podemos adequar esta situação inadequada?”

Comportamento 8: Você é um profissional técnico. Você não acha, não chuta e nem supõe. Você avalia, embasa e sugere mediante uma legislação aplicável ou boa prática.

Comportamento 9: Guarde cópia de todos os relatórios, e-mails e atas de reunião que possam ser necessários em situações de acidente de trabalho ou causas trabalhistas.

Comportamento 10: Não há como mudar o mundo de uma só vez. Se traçarmos uma paralelo histórico da evolução da segurança do trabalho em nosso país podemos identificar uma evolução lenta e gradual. Por que na empresa que trabalhamos há de ser diferente ?

Seja paciente, persistente, perseverante e positivo.



Ora de dar os primeiros passos, principalmente se você estiver nos cenários 2 e 3. Porque no cenário 1, todas as atribuições serão definidas pelo supervisor do setor em função da divisão das atividades da equipe. Os cenários 2 e 3 impõe mais desafios. Portanto, o que você está aprendendo aqui, é ainda mais importante.

Conheça a empresa, circule por todos os setores da empresa, se apresentando as lideranças e disponibilizando para ajudá-los no que for preciso. Sugiro que seja agendado um Diálogo de Segurança (DDS) onde possa se apresentar a todos (ou, em função do tamanho da empresa, faça vários DDS por setor até que todos te conheçam). Entenda como funciona o processo da empresa, ou seja:

  • como ocorre a entrada de matéria prima,

  • como se realiza a transformação em produto,

  • de que maneira se dá a saída do produtro para o cliente.

Afinal é importante entendermos os processos produtivos para poder identificar os possíveis riscos existentes em cada fase de produção ou atividade de trabalho. É através do entendimento dos processos de trabalho que o profissional de segurança pode se antecipar, reconhecer e determinar quais os processos deverão ser monitorados, a fim de reduzir a probabilidade ou eliminar a causas básicas que normalmente tendem a propiciar um acidente de trabalho. Quando falamos em conhecer o processo produtivo estamos falando em identificar:

  • as matérias primas,

  • os equipamentos e máquinas necessários,

  • os cargos e atividades desenvolvidas,

  • os principais perigos e riscos,

  • as formas de controles estabelecidas e

  • os procedimentos e padrões de produção existentes… quando existentes…

Além disso, sugiro identificar junto com esta etapa:

  • as queixas mais comuns e problemas mais frequentes,

  • os desvios mais comuns,

  • os últimos acidentes ocorridos,

  • autuações e/ou notificações do Ministério do Trabalho e Emprego,

  • ocorrência de causas trabalhistas ligadas à segurança e saúde do trabalho,

  • índice de absenteísmo por doença ocupacional ou acidente (típico ou de trajeto),

  • existência de atividades insalubres ou perigosas e

  • indicadores biológicos anormais.

Para que este levantamento seja realizado de maneira mais ampla além do entendimento dos processos da empresa, ao circular pela empresa anote e registre informações sobre:

  • as instalações elétricas,

  • a instalação de máquinas e equipamentos e lay-out,

  • estado geral e conformidade das áreas de vivência,

  • disponibilidade dos equipamentos e dispositivos de combate a incêndio,

  • condições gerais do estado da edificação,

  • acessos e rotas de fuga,

  • transito de veículos,

  • armazenamento de materiais (inclusive produtos químicos),

  • possíveis desvios (não uso de EPI, improviso ou uso inadequado …)

Por fim e não menos importante você vai solicitar ao seu superior imediato alguns documentos e registros. Mas isso, vamos deixar para último artigo dessa série de 3 ! Vimos bastante coisa hoje não é ? Gostou de aprender mais sobre o comportamentos do profissional de SST ?


Essa é uma série de 3 artigos, então não deixe de conferir os outros artigos da série.


Links para os outros artigos da série:

Parte 1 – A primeira semana de trabalho do profissional de SST Parte 2 – [Você está aqui] 10 comportamentos essenciais na primeira semana de trabalho Parte 3 – Que documentos de SST você deve analisar durante sua primeira semana na empresa ?



 
 
 

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