NOSSA PROFISSÃO PODE ACABAR?
- Victor Costa
- 23 de out. de 2017
- 2 min de leitura
Olá amigo prevencionista!
Neste ano acompanhei algumas discussões em todos os meios de comunicação possíveis quanto às incógnitas que cercam nossa profissão.
Primeiro a reforma trabalhista. Muitos amigos de profissão alegam que a flexibilização e a possibilidade de terceirizar a atividade fim causariam um impacto grande na empregabilidade.
Depois passou a circular no whatsapp e redes sociais o Projeto de Lei 6179/09 do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que institui o bacharelado em segurança do trabalho, com os títulos de bacharel e de agente superior.
Também ouvi muito burburinho sobre o fim da nossa atividade profissional.
Todas essas preocupações são pertinentes. Mas na minha humilde opinião não estamos dando conta que independente da legislação, as relações de trabalho e as modalidade de trabalho estão mudando.
Ontem li uma matéria do jornal “O Globo” afirma que em menos de dois anos, até 45% das atividades profissionais realizadas atualmente no mundo já poderão ser executadas por computadores e robôs.

O texto exemplifica a transformação de cenário que muda a necessidade das competências, pois o que se fazia de uma forma, terá que ser executado de outra maneira por conta da tecnologia, citando como exemplo um técnico em exames que terá que aprender a usar um novo equipamento que fará o teste por ele.

Outro dado interessante que a matéria traz é que 65% dos empregos que a Geração Z (geração de pessoas nascidas de 1988 até o ano de 2010) terá ainda nem existe, que haverá várias profissões e competências cujos nomes sequer sabemos.
Lendo estas palavras você pensar que essa realidade está longe, porém basta olhar com cautela o nosso dia a dia que veremos que aos poucos essa mudança é fato.
Nestes mais de 14 anos de profissão já observei que algumas atividades que realizei avaliação de alguns agentes hoje são cada vez mais raras.
São exemplos:
Os funcionários que controlavam entrada, saída e cobravam os estacionamentos de shoppings e mercados foram substituídos por cancelas e terminais eletrônicos de pagamento.
Muitos postos de telemarketing foram substituídos por centrais eletrônicas de atendimento.
Técnicos de radiografia que antes utilizavam produtos para revelação do exame usam máquinas automáticas que realizam o processo sem a necessidade do trabalhador ter contato com a substância química, quando o processo não é digital e você não precisa mais revelar.
Tive a oportunidade de conhecer uma central de concreto que operava sozinha, sendo controlada por um sistema de computação, tendo os funcionários apenas como apoio.
Enfim gostaria apenas de dividir com vocês que a mudança em nossa profissão já está acontecendo e que independente da legislação, os trabalhadores continuaram precisando de profissionais especialistas em gerenciar riscos e cuidar que o ambiente de trabalho seja o mais salutar possível.
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